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sexta-feira, 8 de abril de 2011

O DESCONHECIDO ID



Os conceitos de consciente e inconsciente cedem lugar a três constructos psicanalíticos que construirão o modelo dinâmico da estruturação da personalidade: O Id - O ID é o reservatório de energia do indivíduo. É constituído pelo conjunto dos impulsos instintivos inatos, que motivam as relações do indivíduo com o mundo. O organismo, desde o momento do nasimento, é uma fonte de energia que se mobiliza em direção ao mundo, buncando a satisfação do que necessita para seu desenvolvimento. Características do Id: - Responsável pelo processo primário. Diante da manifestação do desejo, forma, no plano do imaginário, o objeto que permitirá sua satisfação. O desejo corresponde a uma carência que ao se satisfazer, gerará prazer. - Funciona pelo princípio do prazer. Busca satisfação imediata das necessidades. O processo primário é a sua tentativa alucinatória de satisfação imediata. O Id sempre manterá o modelo de querer, e de querer a qualquer preço. - Inexiste o princípio da não-contradição. Como não é dimensionado pela realidade, podem estar presentes desejos ou fantasias mutuamente excludentes dentro da lógica. À medida em que o princípio a não-contradição inexiste, todas as coisas são possíveis ao nível do Id. - É atemporal. A única dimensão da vivência é o presente. Não há passado ou futuro, mas existe a elaboração de uma dimensão única vivida como o presente. Reviver (recordar) é o mesmo que viver. - Não é verbal. Funciona pela produção de imagens. - Funciona basicamente pelos processos de condensação e deslocamento, que são os processos básicos do inconsciente. Na condensação, agrupamos dentro de uma imagem, características pertencentes a vários processos inconscientes. Quanto maior a perspectiva da angústia numa frustação, maior a regrassão que em geral efetuamos, como um processo defensivo. No deslocamento, as características de uma imagem são transferidas para outra, com a qual o sujeito estabelece relações como se fosse primeira. - É uma instância estruturalmente inconscientes. O Id não é o inconsciente, mas é, em quase sua totalidade, inconsciente. Os desejos oriundos do Id podem ser percebidos pela consciência, quando não sofrem repressão. O Ego - O Ego surge como uma instância que se diferencia a partir do Id, servindo de intermediário entre o desejo e a realidade. O Ego funciona pelo princípio da realidade e pelos processos secundários. Características do Ego: - Dá o juízo de realidade, funcionando pelo processo secundário. O Ego partirá do desejo, da imagem formada pelo processo primário, para tentar construir na realidade caminhos que possibilitem a satisfação do desejo. - Intermediário entre os processos internos (Id-Superego) e a relação destes com a realidade. Diante da manifestação do desejo, duas proibições podem opor-se: as proibições morais, oriundas do Superego, e as interdições da realidade objetiva. O desejo não conhece proibições. É necessário que o Ego, instância de realidades, nos estabeleça limites. - Setor mais organizado e atual da personalidade. Cabe ao Ego organizar uma síntese atual, tornando o indivíduo único e original e permitindo-lhe uma adaptação ativa ao mundo presente em que vive. - Domina a capacidade de síntese. Englobamos todas as funções lógicas do funcionamento mental, que para a psicanálise são atributos do Ego. - Domínio da motilidade. O domínio do esquema corporal instrumental, ou seja, o domínio das praxias é uma função do Ego. - Orgniza a simbolização. O processo primário é plástico. O processo secundário, ao organizar a linguagem, organiza o domínio sobre as fantasias e fornece um instrumento de reter, elaborar e atuar a realidade física e psíquica. - Sede de angústia. Com instância adaptativa, o Ego é o responsável pela detecção dos perigos reais e psicológicos que ameacem a integridade do indivíduo. De acordo com a origem do perigo, classica-se a angústia em: Angústia real, angústia neurótica e angústia moral. O Superego: Responsável pela estruturação interna dos valores morais, ou seja, pela internalização das normas referentes ao que é moralmente proibido e o que é valorizado e deve ser ativamente buscado. O Superego, através do Ego Ideal, tende a impulsionar o indivíduo na obtenção destes valores, punindo-o ou criticando-o quando falha na perseguição desses objetivos. - Outra face do Superego é a Consciência Moral. Ela corresponde a internalização das proibições. - O Superego é uma estrutura necessária para o desenvolvimento do grupo social. - Se os valores do Ego Ideal estrutura são tão altos qua o indivíduo jamais poderá alcançá-los, o indivíduo permanecerá impotente e imobilizar-se-á.

Fonte: Freud - Id, Edo e Superego http://pt.shvoong.com/social-sciences/1694648-freud-id-edo-superego/#ixzz1Ixjqfp9B

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